PÁGINAS INDEPENDENTES

18 de set. de 2013

TE CONTEI? BC - edição 25

Etienne sugeriu e achei oportuno participar, pois estava mesmo querendo comentar o assunto.
Gosto de assistir o programa Saia Justa, na GNT.
Pelo que pude entender da dinâmica utilizada no programa, apresenta-se um(a) entrevistado(a) sobre determinado assunto (numa tela de TV) e, em seguida, as quatro apresentadoras discutem o tal assunto, e então surgem os mais diversos comentários...

Foi no programa de 04\09\2013 que a entrevistada Leilane Neubach, discorreu sobre sua relação com seu carro, além de peripécias automobilísticas, talvez de maior interesse jornalístico.
Entretanto, a relação pessoal com o próprio carro foi o que mais me interessou, porque me identifiquei com o assunto.

É que, durante a minha vida adulta (no período pré-rodinhas) eu dirigi muito e conduzir o veículo sempre me deu uma sensação boa de ser dona de mim mesma.
Houve uma época em que, por questões financeiras, fiquei sem carro. Certo dia, eu tinha horário marcado num médico e usei o carro do meu filho... ele me fez tantas recomendações que fiquei irritada... cheguei ao consultório, onde o médico mostrou-se receptivo e eu perguntei qual seria a razão daquela atitude de um rapaz a quem eu já conduzira inúmeras vezes e que tantas vezes tomara meu carro emprestado.
O médico riu e disse:
-“Nada a ver com o modo como você dirige. Ocorre que para os homens, o carro é quase um símbolo sexual e sentimos euforia ao adquiri-lo e, também, um certo ciúme.”
Entendi MUITA coisa...

Já era o período pós-rodinhas quando adquiri um novo carro, objetivando um pouco mais de liberdade e autonomia.
Depois de uns dois anos, refleti:
Mas, que autonomia é essa?????
Fui "empurrando com a barriga" ainda por algum tempo.
Contratei uma excelente motorista... mas ser obrigada a sentar ao lado de alguém que dirigia (e bem...) o MEU carro provocava uma sensação muito ruim.... um certo ciúme. Eu pagava IPVA, seguro anual particular, seguro obrigatório, combustível, etc e não tinha aquela sensação boa de dirgir...
Vendi o carro.

Bem, ao final da entrevista, Leilane disse uma frase que está me fazendo refletir até hoje:
-“Quer me ver feliz é me dar alguma coisa que tenha roda e motor.”


´




... Tenho uma cadeira-de-rodas motorizada...
Bem... embora eu tenha dificuldade de coordenação (o que dificulta o manejo do veículo)e ser cadeirante é um estigma, o veículo me garante um pequena autonomia.

22 comentários:

  1. Oi Jan!
    Também gosto das rodas, principalmente se forem duas...
    Comecei a carreira com três, nos carrinhos de rolimã que tínhamos lá no sítio.
    O terreirão de café do Vovô tornava-se uma pista, e o dedão do pé direito era o freio.
    O dedão? É claro, perdia sempre a tampa!

    Um abraço.

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    1. Oi Cristina!
      Duas rodas... moto???? Nunca me atrevi;-)Só andei de bicicleta.
      Carrinho de rolimã... é do tempo dos meus filhos... mas parece que tinham 4 rodas... e freio.

      Abração
      Jan

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  2. Jan:
    Como sempre seu bom-humor e otimismo me deixam fascinada.
    Tenho a mesma percepção que você, dirigir me dá aquela sensação de liberdade.
    Embora fique irritada com a lentidão de alguns motoristas, rsrsrsrs.
    Bjs.:
    Sil

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    1. Oi Sil!
      É... a lentidão dos outros é irritante mesmo, rsrsrsrs.

      Bom humor... vc viu meu rosto na foto? Pareço sempre brava... os músculos da face foram um pouco enrijecidos pela doença neurológica e fiquei com cara de "palhaço chorão";-)(

      Abração
      Jan

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  3. Oi, Jan!
    Me lembrei que no passado escutei alguém dizer para o meu irmão: Mulher e carro não se empresta.
    Eu tenho uma lista de coisas que não empresto, porque não voltam igual e outras que, se a pessoa me pedir emprestado, eu dou.
    Às vezes assisto o Saia Justa. Não gostei no começo quando mudou as apresentadoras, mas agora gosto. Acho que peguei esse programa andando e só me lembro da Leilane falando sobre o Paris-Dakar e ela ter sido a primeira mulher a participar.
    Também gosto bastante de dirigir, principalmente quando estou viajando longa distância. Coloco uma música e vou embora, não vejo o tempo passar e é um bom momento para pensar na vida.
    Talvez esse seja o sentimento de "estar no controle" e que nos dá muito prazer - o mesmo que você sente quando está no controle da sua cadeira.
    Beijus,

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    1. Olá Luma!
      Cadeira de rodas motorizada... o diferencial é que não me levam... eu vou.
      Mas não chega a ser prazeroso. Eu diria que é menos pior do que a manual.

      Uma curiosidade:em qual das listas está seu carro?;-)

      Abração
      Jan

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  4. Dirigir para mim era muito prazeroso, Jan
    Mas agora estou ficando velha e sem paciência...rs
    Prefiro pegar um taxi
    É bem mais comodo e não estressa tanto
    Linda tarde para tí
    Beijinhos
    Verena e Bichinhos

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    1. Olá Verena!
      É... acredito que canse... já vi muita gente que não quer mais dirigir.

      Abração
      Jan

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  5. Jan,vc foi longe nessa blogagem coletiva!..rss...O programa Saia justa eu já assisti e tb acho muito bom.Gosto de programas onde as pessoas dão a sua opinião.Quanto ao carro,bom mesmo é dirigir numa estrada porque aqui em São Paulo o transito é tão ruim que não tem graça!É preciso muito mais habilidade pra dirigir sua cadeira de rodas,com certeza!bjs,

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    1. Olá Anne!
      É... eu gosto de ir longe;-))) será que fui longe demais? Eu não li os outros posts dessa BC... passei o dia lendo seu livro que, por sinal, é muito bom. Aguarde a resenha!

      Abração
      Jan

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  6. Olá Jan, eu gosto muito do "Saia Justa". Gostei do post.

    Abraços

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  7. Oi Carlos!
    Obrigada por seu comentário.

    Abração
    Jan

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  8. Hey, Jan! Gostei do seu post! ( E coloquei o seu link no blog.) Eu aprendi a dirigir depois que cheguei aqui, nos EUA... Gosto de ser motorista, mas também me sinto bem como passageira. O trânsito às vezes é "estressante", às vezes dá lugar à gentilezas - o que eu prefiro! Rsrs. Que bom que a sua cadeira motorizada lhe dá autonomia. Obrigada por participar. Boa noite e uma ótima sexta-feira pra você! Bjs.

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    1. Oi Etienne!
      Menina... a última coisa que lembro, em qualquer BC, é o tal link;-)... desta vez tentei, eu juro!
      Obrigada por colocar lá.
      Trânsito é "estressante" em qualquer lugar... e está piorando ;-) mas, tenho saudades...
      Cadeira motorizada ajuda bastante, sim... às vezes me sinto privilegiada, mas a sensação logo passa rsrsrsrs

      Abração
      Jan

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  9. Olá Jan!
    A Jujuba me transmitiu o seu abraço, viu?
    Obrigada
    Aceitamos lambeijos também
    O Pepi era um cachorrinho adorável
    Lá nos nossos Bloguinhos qualquer "bichinho é sempre bem vindo

    Um abração de
    Verena e Bichinhos

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    1. Oi Verena!
      Abraço transmitido por gatinha é tudo de bom, né?

      Abração
      Jan

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  10. Bela postagem querida Jan!
    Que bom que gostou do poema querida amiga, está liberado sim, pode colocar lá sim.
    Grande beijo no coração amiga querida.

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  11. Oi Maria Teresa!
    Acho que a postagem ficou um pouco catártica...

    Quanto ao texto... seu blog não deixa copiar...

    Abração
    Jan

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  12. Jan, quanta saudade amiga... Faz tempão que não visito meus amigos e que falta me faz!

    Você tocou num ponto aí em seu texto que mexeu e remexeu comigo, porque eu também gosto de sentir o carro. Gosto de trocar as marchas, pisar no breque... enfim, ser motorista, assim como você.
    Nada de carro automático, eu detesto.

    Mas a vida dá algumas rasteiras na gente e eu aqui lendo tudo que escreveu, te sinto mais guerreira do que nunca. Porque mesmo sendo cadeirante (o que não tira teus méritos), você tem e sente o prazer da autonomia, e isso não tem preço minha querida.

    Você é AMAZONA, Jan!
    beijo de saudade

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    1. Oi Lu!
      É... agora eu sei que posso me segurar "no carão" (por dentro e por fora)a grande rasteira que a vida me deu.

      Agora vou de 'bolinha', em vez de 'volante';-)(
      Mas... falta-me o "gramur".

      Abração
      Jan

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  13. Também sou fã do Saia Justa e adoro programas de entrevistas.Vc já assistiu o Provocações?
    Ter umas rodinhas nos ajuda a voar, nem que seja baixo,kkkkk

    Obrigada pela deferência em minhas brincadeiras rimadas(rs).A foto é minha sim,procurei um ângulo novo e deu certo, êba!
    Boa noite aí.
    Bjkas,
    Calu

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    Respostas
    1. Olá Calu!
      Voo baixo(beeeem baixo, quase arrasante)também é voo ;-)

      "Provocações"...??????

      Abração
      Jan

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