Essa mensagem foi 'roubartilhada' da amiga Maria Helena Abujamra (facebook) e traduz tudo que quero pra mim em mais um trecho da grande viagem...
Sei que será bom pra todos.
"Entre pessoas maduras é diferente. Desbrava-se o conhecido. O conhecimento é reconhecimento." Affonso Romano de Sant'Ana![]()
Eu já sou prá lá de madura: conheço, reconheço e, considerando o "conhecido", planejo o desconhecido.![]()
Lembro de quando eu era criança... não haviam enfeites... havia um congraçamento familiar especial na noite do dia 24/12, íamos dormir um pouco mais tarde do que costumeiramente e, nós crianças, deixávamos um sapato aos pés da cama e, enquanto dormíamos, Papai Noel deixava um presente/surpresa. Naquele dia, o almoço era festivo.
Lembro de quando eu era adolescente... meus pais providenciavam um pinheiro natural (araucária...) e o enfeitávamos... eu achava lindo!!!!! A noite 24/25 era chiquérrima.
Quando casada e mãe (anos '70), fiz uns poucos enfeites de Natal, mas nunca fiz presépio...Como tinha filhos crianças, confesso que deixei o consumismo tomar conta de mim... o Natal passou a girar em torno de presentes e comidas...Certa vez, contratamos um "Papai Noel", tornando-o o centro da festa... outra vez, enfrentei uma loja concorridíssima, no dia 24 de dezembro, para comprar um último presente pro meu filho mais novo...
No 'meu' primeiro Natal depois da separação matrimonial, comprei uma arvorezinha, alguns pequenos enfeites e... a pequena árvore ficou até bonita, mas olhei pra ela e tive vontade de jogar aquele NATAL pela janela... a separação me machucara muito e era bem recente. Em pranto, telefonei pro psicoterapeuta que me atendia regularmente... lembro bem das palavras dele: "- Você ainda tem família... pai, mãe, filhos,, sobrinhos... você não QUER jogar o Natal pela janela, isso é só uma reação passional. Cante... grite... dance... dê socos nas almofadas...Seus filhos vão ficar felizes de ver o NATAL aí na sua casa!". Quando desliguei o telefone, percebi que poderia encarar o Natal... aquela atitude profissionalmente compreensiva fora suficiente.Naquele Natal, meu filho mais novo ganhou um gato do pai dele... logo o gato passou a ser 'nosso' e depois passou a ser meu... foi um presente de Deus pra minha nova família... pra nova EU...
Meu gosto por decoração natalina foi ganhando espaço naquele pequeno apartamento, cujas paredes me abrigaram até quando a doença neurológica me obrigou a construir esta casa.Demorei um pouco para me sentir EM CASA. Mas logo chegou dezembro e, com ele, o Natal... então, eu já era uma mãe cadeirante e divorciada... mãe de filhOs (homens). Na noite do dia 24 de dezembro eu teria que dividir a atenção dos meus filhos com o pai deles e a família das noras (os filhOs pendem pro lado da família da mulher deles e é natural ser assim). Encarei o desafio e resolvi fazer o "meu" Natal um pouco antes do dia 24... e assim garanti um bom "ibope familiar"... Paralelamente, minha condição de cadeirante mais a necessidade de ter sempre alguém me ajudando fizeram com que os vizinhos e suas crianças me tomassem por uma pessoa totalmente inválida e ranzinza... pensei em "limpar" a imagem de TODOS OS CADEIRANTES E IDOSOS e comecei a promover o que chamei de "Natal da Vovó", numa festa que contou com os vizinhos e distribuição de presentes a todas as crianças convidadas.
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No Natal de 2011, realizei um "sonho de consumo natalino" ;-) e montei uma Árvore de Natal bem grande (dessas que se precisa de escada pra enfeitar lá em cima...). Em compensação, mudei o NATAL DA VOVÓ, para o ANIVERSÁRIO DE JESUS ... distribui lembrancinhas e cada criança soprou uma velinha num "cupcake" e todos cantaram parabéns, pra Jesus.
Em 2012 montei a Árvore de cabeça pra baixo e organizei uma brincadeira própria de aniversário (uma grande bola recheada de coisinhas natalinas...) e distribui lembrancinhas expostas na mesa. Senti que agradou aos convidados, mas... o "ibope familiar" baixou e eu não gostei dessa parte.Sorte que ainda tenho um ano inteiro pra decidir sobre este novo desafio ;-).
Em 2013...??????