Sociedade casamenteira.
Pais conservadores.
A chamada alta sociedade organizava o baile de debutantes anual do qual a mocinha participaria e depois do qual, estaria pronta para viver socialmente a própria juventude. E, no processo, ela finalmente poderia conhecer a si mesma e dar-se a conhecer.
Mas, um acontecimento interceptou o caminho daquela mocinha do interior e deu um inesperado traçado à sua história:
Era 1964 quando surgiu, naquela pequena cidade, aquele mocinho da cidade grande, que provocou arrepios naquela mocinha do interior e ela nem via outros pretendentes ou pretendidos.
O sorriso do moço bem empregado conquistou a todos os familiares da mocinha, os quais lhe “franquearam” ingresso nas respectivas casas.
Numa época de incertezas políticas e morais, é até compreensível que a sociedade fosse casamenteira...
Passou-se algum tempo e a mocinha ficou noiva do mocinho, que assim compromissado, voltou para a cidade grande.
Longo período em que a mocinha terminou o estudo secundário, fez o próprio enxoval, experimentou novas receitas, enfim tornou-se uma perfeita dona de casa.
Quanto ao diploma de professora ficou esquecido sob panos de prato, lençóis, camisolas, etc.
Um dia, a mocinha do interior e o mocinho da cidade grande, na igreja matriz da pequena cidade do interior.
E foram felizes, o tempo suficiente...
Lindo texto, grande lucidez, as coisas sempre têm seu tempo de ser. Bobagem querer alongar o que já cumpriu sua missão. Bjo queridaaa!
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