PÁGINAS INDEPENDENTES

8 de jan. de 2012

OS ANIMAIS E EU - III

NA MOITA

O início da minha vida escolar deu-se numa escola rural. O caminho era percorrido a pé por um grupo de crianças, grupo este do qual eu fazia parte e que ganhava novos membros a cada pequeno trecho caminhado.
Assim, quando chegávamos perto do pasto do seu Roy, o grupo estava completo e contávamos com a companhia cuidadosa da professora.
Naquela manhã, corremos gritando e passamos por debaixo da cerca de arame, sentindo o hálito da vaca em nossos calcanhares.
Quando todos nos sentimos seguros e calmos, a professora que como nós se arrastara por debaixo da cerca, explicou o incidente:
—“A mesma vaca que sempre foi mansinha e nunca se importou com nossa presença, hoje se enfureceu porque seu filhotinho estava escondido em algum lugar deste pasto”.
E, rindo, completou:
—“Toda mãe defende seu filho com fúria, em qualquer espécie, inclusive na espécie humana”.
Ficamos felizes por termos uma professora tão sabida!
Foi naquela oportunidade que aprendi que alguns bichos podem se tornar muito perigosos em determinadas situações... Então, aprendi a respeitar e valorizar a maternidade em todas as espécies... o que nunca me impediu de apreciar um bom bife.
Aprendi, ainda, que alguns animais domésticos não devem ser tidos como animais de estimação, pois foram criadas para nos fornecerem alimento, como ovo, leite e carne... sua própria carne.
Ainda hoje, sempre que vejo gado no pasto fico pensando que ali pode haver uma vida nova escondida em alguma moita.

2 comentários:

  1. Jan,
    quantas lições tiramos destas experiências simples que fazem parte da rotina, mas que se olharmos com objetividade para o acontecido, veremos a lógica contida no fato, e a aprendizagem que isto nos traz.
    Bjos,
    Calu

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  2. Depois algumas pessoas tem coragem de dizer q os animais não amam.
    Eles sentem dor como o amor.

    Amei o post.
    Um Beijo

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