Tive uma infância feliz e livre, entre animais e plantas, andando descalça, brincando com meus primos e comendo fruta do pé. Mesmo sob cuidados exagerados e severa vigilância, eu me sentia livre.
Minha adolescência foi bastante vigiada, mas eu me “apaixonei” e “desapaixonei” mais de uma vez, debutei, descobri o amor romântico, namorei, fiquei noiva, conclui o colegial e casei... tudo com a alegria inocente e a intensidade que a adolescência permite.
Tive três filhos. Fui microempresária (sócia em uma pequena confecção), passei em dois concursos públicos concomitantes e tive o privilégio de poder escolher entre dois bons empregos com que a Vida me acenou e acertar na escolha...
Permaneci casada por 18 anos e foi bom enquanto durou. Descasei.
Tive algumas oportunidades... digamos... românticas, mas preferi investir no lado profissional... fiz faculdade de Direito e foi bom!!!
Tive três filhos. Fui microempresária (sócia em uma pequena confecção), passei em dois concursos públicos concomitantes e tive o privilégio de poder escolher entre dois bons empregos com que a Vida me acenou e acertar na escolha...
Permaneci casada por 18 anos e foi bom enquanto durou. Descasei.
Tive algumas oportunidades... digamos... românticas, mas preferi investir no lado profissional... fiz faculdade de Direito e foi bom!!!
Pouco antes de completar cinquenta anos de idade, fui acometida pela DOENÇA... escrevo “doença” em maiúscula porque reconheço que ela me venceu... foi embora e levou com ela meu trabalho, minha coordenação motora e meu equilíbrio corporal.
Mas estou aqui hoje... em tempo de tecnologias que me permitem integração com amigos, um tempo de médicos e terapeutas que, dominando com destreza e sentimento as técnicas modernas da Medicina, lutam comigo pela minha melhor qualidade de vida.
Mas, estou meio cansada e ainda sonho.
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Sonho em deixar meu "planetinha" bem pequeno, para que eu possa afastar minha cadeira e ver o pôr-do-sol tantas vezes quantas eu quiser, até que um bando de pássaros migrantes me leve até o Céu...
Meu corpo??? Ahhh! Será, então, apenas uma carcaça que já foi bastante útil.
Mas, estou meio cansada e ainda sonho.
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Sonho em deixar meu "planetinha" bem pequeno, para que eu possa afastar minha cadeira e ver o pôr-do-sol tantas vezes quantas eu quiser, até que um bando de pássaros migrantes me leve até o Céu...
Meu corpo??? Ahhh! Será, então, apenas uma carcaça que já foi bastante útil.
Boa noite Jan!
ResponderExcluirClaro, vou te chamar de Jan, pois é assim que você assina seus textos. Pode ser jan de janeiro, de Janete, de Janaína ou de Januária, não importa. O que importa mesmo é você como pessoa. Seu texto me emocionou e ao mesmo texto percebi que teve uma vida cheia de momentos importantes pra você. Não quero vê-la desanimada, nem triste, espero que encontre o conforto nas palavras de Deus, independente da sua religião, até porque sem Ele não existiríamos. Claro como a alvorada que você é justo, e como o sol do meio dia... velho, mas nunca ele nunca deixará o justo desamparado ser, nem seus filhos mendigar o pão. Para sempre serão protegidos, mas a descendência dos ímpios será eliminada. A boca do justo profere sabedoria, e a sua língua fala conforme a justiça. Já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo ser desamparado, nem seus filhos mendigando o pão. Salmos 37: 25
Que Deus te abençoe imensamente. Obrigado pela visita e comentário.
Abraço
Oi Araujo, digamos que sou apenas Jan mesmo;-)
ExcluirFoi justamente seu último post que me levou a refletir sobre esse assunto... vi o filminho... enfim, vi toda a reportagem.
Já a algum tempo optei por uma casa de repouso ('deixar meu "planetinha" bem pequeno' seria reduzi-lo ainda mais e, dessa vez, por vontade própria).
Não me sinto desamparada... Deus tem suprido todas as minhas Necessidades Especiais e, como disse no comentário ao seu post, ainda vai levar algum tempo pra eu "me internar";-)
Estou ficando cansada de acudir goteiras, limpeza de caixa d'água... enfim, estou ficando cansada de cuidar de tudo. Quero que cuidem de mim... e não quero viver com nenhum filho.
Tenho fé em Deus, sim, mas sou realista... e já estou na chamada terceira idade.
Abç
Jan
todos nós temos o direito de pensar em deixar este corpo..mas só Deus sabe o momento exato pra nos levar a ver o por do sol..
ResponderExcluirenquanto isso, aqui estamos.. sorrindo e chorando, acertando e errando, dormindo e acordando, vivendo e morrendo a cada dia, enquanto o sol não se põe.
bjs.Sol
Credo Sol! Devo ter me expressado mal;-) não tenho pressa!!!
ExcluirLembra do Pequeno Príncipe, que afastava a cadeira pra ver o por do sol, e era com corpo e tudo;-) e figura dos pássaros darem carona é tão bonita... ahh, eu quero ir assim:-)
Abç
Jan
Adorei sua visita querida amiga.
ResponderExcluirSeu texto é belíssimo, mas um tantinho melancólico, sei que não é fácil para você, mas tenha sempre em seu coração a esperança renovada a cada dia.
Um grande abraço e fique com Deus.
Olá Maria Tereza!
Excluir"belíssimo"... a Vida me forneceu subdisídios!
"melancólico"... não sinto melancolia, apenas tenho lembranças boas e muita esperança.
Abç
Jan
Jan:
ResponderExcluirNÃO esqueci de você.
É que justamente ontem, terça-feira, precisei fazer um trabalho para entregar na faculdade.
Estou cursando o último semestre de Direito (seremos colegas, rsrsrssr).
Além disso, depois do feriado, vão começar as provas e mais trabalhos.
Então ou vou te visitar no feriado, se você puder me receber, ou vamos deixar para marcar, quando passarem minhas provas, ok.
Vou aguardar sua resposta.
Bjs.:
Sil
http://meusdevaneiosescritos.blogspot.com.br/
Oi Sil, capriche nas provas.
ExcluirSe quiser vir amanhã, estarei aqui (espero sem desesperar rsrsrsrs).
Avise qquer coisa.
OBS: Creio que neste grupo de blogueiras, as de Curitiba somos só nós e não podemos decepcionar a 'plateia'...
Abç
Jan
Que texto emocionante! A vida é asim mesmo nos prega surpresa o tempo todo, algumas boas, outras...
ResponderExcluirVejo você como uma pessoa de muita força e coragem!
E vamos em frente!
bjs
Jussara
Vamos em frente, Jussara!
ExcluirParece que vc entendeu o "espírito da coisa" ;-)
Abç
Jan
Jan minha flor com certeza uma vida cheia de aprendizado....um texto emocionante e que nos faz refletir o que realmente importa, Deus te abençoe.
ResponderExcluirAh, minha vida foi, no mínimo, bem movimentada;-)
ExcluirAbç
Jan
Amei so post Jan!!!realmente só sabemos o quanto somos fortes quando não temos outra saída...
ResponderExcluirBjus mil ❤
http://blogluminoso.blogspot.com.br/
É Liny, viver é muito bom, mas cansa...
ExcluirAbç
Jan
Vc trouxe em cada linha toda intensidade que viveu e vive, hoje, apesar de tudo e, tua reinvenção mostra que o cansaço às vezes chega, mas é passageiro e logo se vai dando nascença a um novo dia de outras conquistas marcantes.
ResponderExcluirA história da Jan é plena de realizações, tanto antes como agora e, em cada instante a esperança está presente.
Portanto, parceira,o que foi e é vida, merece ser celebrado!
Um abração com carinho,
Calu
Verdade Calu... minha vida sempre foi intensa e Deus que eu podia usar a força que Ele me deu.
ExcluirE é por isso que a vida não me deve (e nem deverá...) nada.
Abração
Jan
Fiquei emocionado e confesso que seu texto nos leva a ver e perceber que apesar de tudo a vida é uma benção, com suas dores e alegrias, parabéns pela pessoa maravilhosa que se tornou e pelo ponto de vista.
ResponderExcluirA vida é uma bênção sim Waldir.
ExcluirObrigada por seu comentário elogioso.
Abração
Jan