PÁGINAS INDEPENDENTES

11 de ago. de 2013

MEU PAI


Meu pai foi um homem íntegro e cumpriu todas as etapas do papel de pai...
Assinava os boletins da escola, dançou comigo a valsa de debutante, assinou um documento permitindo que eu me casasse antes  dos 21 anos e me conduziu ao altar...


Resumindo, passamos pela vida um do outro, sem nenhum acontecimento marcante e sem necessidade de perdão recíproco.

Quando meu pai morreu, fiz aquele gesto meio patético de jogar uma rosa sobre o caixão... o som seco daquela flor assustou-me e fiquei pensando que "nunca mais" seria tempo demais...

Alguns meses depois da morte dele tive um sonho... um sonho daqueles que nos leva a crer que “Há mais coisas entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã Filosofia”.
Meu sonho:

‘Fui até a casa da minha mãe viúva, para levar algum apoio moral.

Quando me aproximei do portão, vi meu pai na porta. Vestia um pijama branco de cetim, combinando com a densa cabeleira branca que ele ostentara  nos últimos anos de vida. Nas mãos, um  buquê de pequenas flores em tom lilás completavam a imagem/visão que dirigiu-se a mim:
“- Filha, não se preocupe comigo! Aqui é bom! Veja como estou bem.”
E, como de costume, simplesmente passamos um pelo outro.'
Quando acordei, na manhã seguinte, algo continuava a me dizer que ele está bem.

14 comentários:

  1. Olá querida Jan!
    Os mistérios entre o céu e a Terra muitas vezes se manifestam através dos nossos sonhos. Certamente seu pai está bem e veio dar notícias...Muito lindo!
    Beijos e uma excelente semana!

    ResponderExcluir
  2. Olá Magda, é nisso que acredito!
    Obrigada pela visita.

    Abração
    Jan

    ResponderExcluir
  3. Puxa, arrepiei aqui, Jan! Isso acontece de verdade! beijos,chica

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Chica!
      Eu também "arrepiei" quando sonhei... depois senti muita paz.

      Abração
      Jan

      Excluir

  4. Olá JAN,

    Ao ler o seu texto não pude deixar de lembrar do sepultamento do meu pai. Como você, recebi umas flores de minha cunhada para jogar sobre o caixão. Que cena mais triste!
    Acredito na vida após a morte e nestes contatos com a espiritualidade, que acontecem durante o sono/sonho. Sentir que um ente querido que partiu está feliz é um grande consolo para os corações enlutados.

    Ótima noite.

    Beijo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Vera Lúcia!
      A "cena" é triste, mesmo! Mas, pra mim, foi como acordar para aquela triste realidade.

      Abração
      Jan

      Excluir
  5. Ô minha amiga Jan, faz isso naum... Entrou um cisco aqui no olho sabe... Porque esse texto é tão intenso, verdadeiro e lindo que a gente fica aqui parada, olhando as flores e imaginando seu encontro em espírito com seu pai. Foi mesmo verdade, acredite, pq aconteceu comigo também, em relação à minha avó, e foi mais ou menos assim. A gente se sente gratificada e em paz.

    É como um milagre!

    beijo e boa semana
    :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É Lu... caiu um cisco aqui também... mas, de vez em quando, faz bem ;-)

      Abração
      Jan

      Excluir
  6. Jan:
    Já passei por situação semelhante.
    Meu pai também já é falecido, e todas ás vezes que sonhei com ele, tive uma enorme sensação de bem-estar.
    Por isso eu continuo acreditando que onde quer que ele esteja, tá bem e feliz.
    Bjs.:
    Sil

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Sil!
      Eu sonhei coma aparição do meu pai uma única vez... talvez ele saiba que "basta só uma vez";-)

      Abração
      Jan

      Excluir
  7. E a saudade sempre fica!
    Bela história consoladora.

    Abração esmagador e ótimo dia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Bruxinha!
      É... "a saudade sempre fica!", mas pode transformar-se em uma doce lembrança ;-)

      Abração
      Jan

      Excluir
  8. Respostas
    1. Oi Carlos!
      A vida traz emoções, sem perguntar se as queremos boas ou ruins.

      Abração
      Jan

      Excluir

QUE BOM QUE VOCÊ VEIO!
PRETENDO RESPONDER AO SEU COMENTÁRIO...
SENTE-SE, TOME UM CAFEZINHO E CONVERSE COMIGO.

VOLTE SEMPRE