PÁGINAS INDEPENDENTES

19 de abr. de 2012

A ideia deste post surgiu de uma visita ao blog http://fractaisdecalu.blogspot.com da amiga Carmem Luiza. Pra começar, uso uma frase copiada de lá...

Amor aos Pedaços__ 2ª Fase- Desencanto

"Os desencantos na meninice provocam mais que um sonho desfeito, derrubam os primeiros alicerces daquela personalidade em construção. Amontoam inseguranças, medos, culpas e desconfiança no futuro. Mexem com as certezas mais simples e abrem fendas no chão conhecido. Os estragos são grandes e levam tempo para serem consertados."
Não tenho lembrança consciente do ocorrido, mas fiquei sabendo...
Eu tive uma irmãzinha menor -Marisa-, quando tinha pouco mais de dois anos.
Numa ocasião, Marisa teve meningite e, tratando-se de uma doença altamente contagiosa, fui contaminada. Morávamos em um pequeno lugar e fomos até a cidade grande mais próxima em busca de socorro médico.
Eu resisti à viagem e fui socorrida a tempo, mas a Marisa/nenê chegou morta ao hospital... Minha mãe mergulhou na própria dor e tornou-se muito rigorosa... brava mesmo e muito triste.
Meu inconsciente infantil formou o conceito de que se eu tivesse morrido em vez da Marisa, minha não sofreria tanto. Eu fantasiava que ela seria uma menina linda (será que seria?) e carregava um peso que não era meu... de uma vida que não era minha.
Cresci e tornei-me adolescente trazendo um emaranhado de "inseguranças, medos, culpas e desconfiança no futuro."
Eu amava meu noivo com intensidade e verdade, mas (inconscientemente) via no casamento uma chance de ser EU.
Ledo engano... NINGUÉM SE ENCONTRA NO PARCEIRO!
A separação iminente me assustou... precisei de ajuda profissional. Um dia, em meio à sessão, a psicóloga me encarou com firmeza e disse:
"Janice, a vida que você vive é legitimamente sua...foi Deus quem a deu... você não a usurpou de ninguém!".
Bem, naquela manhã a sessão se prolongou;-)
Quando o divórcio tornou-se concreto (já era fatal...), eu já estava liberta da insegurança.
Já começara a trabalhar e tive algum tempo para me encontrar na minha própria dor de amor... era dor, mas era DE AMOR e era MINHA.
Foi o começo!
Depois veio a cadeira de rodas e comecei a REcomeçar.
Hoje minha alma é como borboletas que se libertaram do próprio casulo.

10 comentários:

  1. Lindo,

    Lindoooo,

    Lindooooooooooooo


    ''alma leve, tem formato de borboleta''


    bjkas

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    1. Sair do casulo é doloroso, mas valeu a pena poder "voar" com minhas próprias asas.

      Abração
      Jan

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  2. Jan,
    fico toda orgulhosa que tenhamos sentido nas mesmas palavras, as situações tristes que ambas vivemos na infância.
    Não sei explicar por que tomamos a dor alheia como nossa e carregamos um fardo pesado em nossa jovem vida.Mas é fato que acontece e muito.
    Cada uma , a seu modo, consegui de se desvencilhar do embrulho e recomeçar a viver a própria vida.
    È certo que fortalece.È certo que dói.

    Obrigada por ter me permitido participar contigo deste relato.
    Bjkas,
    Calu

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    1. É Calu, somos mais fortes do que nós!;-))))

      Abração
      Jan

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  3. Que seja doce seu final de semana


    b jkas

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  4. Jan, querideza minha, tbm passei por esse ponto e quando mergulhamos na nossa dor e começamos a viver mais pela gente do que pelo outro a vida muda.

    bjos estalados de carinho nas duas bochechas!!!

    ps.: aprendi que teu nome é Janice :)

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    1. Wooops!!! me entreguei.
      Ainda que não estou me escondendo de ninguém, né?;-)

      É, cada qual com sua própria cruz...

      Abração
      Jan

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  5. Oi Jan,passeando pelos blogs encontrei o seu, e gostei muito do seu blog. Linda história. É muito importante valorizarmos nossa vida e principalmente sairmos do casulo.
    bjus e estou a te seguir.

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    1. Oi Michele
      Que bom que vc aportou por aqui... e gostou... e "ficou";-)
      Vou aí, me aguarde.

      Abração
      Jan

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