Já mudei várias vezes... de lugar e de estado pessoal e civil.
Talvez não seja da minha natureza... sou bastante
“acomodada”... talvez, no meu caso, seja uma questão de sobrevivência.
Em contrapartida, adapto-me facilmente aos novos lugares e
às novas situações com que me defronto... ou me confronto?
Fato é que, depois de mudanças e recomeços, eu me vi
“condicionada” a viver numa casa térrea e plana, apropriada para pessoas com
dificuldades de locomoção.
Nesta casa, senti necessidade de ter uma atividade que espantasse
a ameaça psicológica da inatividade precoce.
Depois de várias tentativas, vi-me
cuidando dos meus pets e esta se tornou minha atividade. Paralelamente, meu hobby passou a ser decoração e
paisagismo (tudo com a ajuda humana necessária)... fiz um curso de decoração e outro de jardinagem e paisagismo (informais, mas prestei muita atenção...).
A casa, que já fora construída visando minhas necessidades
especiais, sofreu algumas mudanças conforme fui
me familiarizando com meu novo estado de PNE e minha atividade “cachorreira”.


Há uns seis anos, senti necessidade de ter alguém da família morando a ‘um grito’ de distância, caso eu precise de socorro urgente... o alicerce da construção permitiu e agora a ‘minha’ casa é a ‘nossa’ casa, pois meu filho (Ricardo) mora lá em cima, com a família dele... tudo junto e SEPARADO.
Os batentes das portas sofreram um tipo de envelhecimento
que disfarça os esbarrões com a cadeira de rodas;
Os espaços livres “cresceram”, diante da necessidade especial de espaço para circulação da cadeira de rodas entre patinhas 'semoventes';-))))
A cadeira de rodas pode danificar cantos vivos, então...
O tapete ‘sobe’ na parede para que a cadeira de rodas não a
danifique... eu ainda gosto de ‘janelar’ ;-)
O sofá da sala não precisa acumular pêlos velhos e ‘fedorentos’, espantando os visitantes...
outrossim, cachorrinhos precisam ver lá fora sem incomodar os humanos. Um sofá de junco com almofadas soltas e mais uma espécie de aparador estrategicamente posionado resolvem a questão satisfatoriamente;
O cachorrão late no portão (é o trabalho dele) e faz cocô (tudo
que entra, sai... e sai fedido;-) Ele fazia cocô bem na porta da cozinha da minha nora..remodelamos o quintal.